Por qual oceano devemos navegar, o da parceria ou da autonomia?

Existe um dilema que, mais cedo ou mais tarde, vai tirar algumas noites de sono do empreendedor: navegar sozinho pelos mares turbulentos do mercado ou unir forças com outros capitães? Esta é uma questão que não só provoca muita reflexão mas também define o curso de muitas parcerias. Afinal, em um mundo onde as relações profissionais às vezes parecem uma batalha naval, quem não hesitaria em escolher seus companheiros de jornada?
Por Ricardo Ricchini*

Sócio: ter ou não ter

É bom demais ter a liberdade do empreendedor solo, o capitão do seu próprio navio, que não precisa compartilhar o mapa do tesouro com ninguém. Talvez até navegue mais rápido, mas… vamos ser sinceros, enfrentar todas as tempestades sozinho é mais desafiador do que parecia antes de iniciar a viagem.

A vida empresarial em sociedade oferece um compartilhamento sem igual, um mix de talentos e habilidades que pode transformar ideias em baús cheios de ouro, além de dividir as responsabilidades (e as contas) quando o mar fica agitado.

Embora os desafios de comunicação e alinhamento de objetivos possam surgir, as vantagens de se ter um ou mais sócios frequentemente inclinam o navio a favor da colaboração, elevando o potencial criativo e produtivo do negócio.

No Nexus, gostamos muito de ter sócios! É da nossa essência trabalhar em colaboração e praticamente não imaginamos como seria nossa organização de empreendedores sem contar com a visão de multiempresário (e faro para negócios) do Thiago Shinzato, a vibração e energia contagiante do David Zoega para apoiar meu trabalho de campo e a visão estratégica do Tiago Neves. Navegando juntos, somos como uma tripulação destemida, pronta para explorar mares desconhecidos, buscando o mesmo destino.

Escolher entre empreender sozinho ou com parcerias pode ser tão desafiador quanto emocionante

Então, vamos mergulhar nas cinco grandes vantagens de ter sócios comprometidos e que dividem os mesmos valores:

  1. Divisão de Responsabilidades:  isso permite uma melhor distribuição de tarefas e aumenta a probabilidade de sucesso no negócio. Além disso, a diversidade de experiências pode contribuir para um ambiente mais criativo e produtivo.
  2. Apoio Emocional e Motivação: no mundo dos negócios, ter alguém para compartilhar tanto os desafios quanto as vitórias faz toda a diferença. Com sócios, os momentos difíceis se tornam mais suportáveis, e as conquistas, mais doces.
  3. Menor Risco Financeiro: iniciar ou expandir um negócio é, boa parte das vezes, um salto no escuro, mas com sócios, essa etapa parece menos assustadora. A partilha dos custos iniciais e dos riscos torna tudo mais gerenciável.
  4. Crescimento Acelerado: Com sócios, seu negócio tem a chance de avançar mais rápido e ir mais longe. A combinação de diferentes habilidades e redes de contatos pode abrir portas que você nem sabia que existiam, promovendo uma expansão que seria difícil de alcançar sozinho.
  5. Decisões Mais Fortes: Ter sócios para discutir os próximos passos significa que suas decisões passam por um crivo mais rigoroso. A diversidade de perspectivas ajuda a evitar armadilhas e a tomar decisões mais informadas e estratégicas.

Escolher entre empreender sozinho ou com sócios pode ser tão desafiador quanto emocionante. Mas uma coisa é certa: a colaboração tem o poder de não apenas dividir o peso da jornada mas também de multiplicar as chances de sucesso. No Nexus, encontramos nosso equilíbrio, e cada novo dia é uma prova de que, juntos, podemos alcançar horizontes que sozinhos nem ousaríamos sonhar.

Para quem está vivendo esse dilema, uma dica poderosíssima: inicie parcerias de negócios com os membros do seu grupo. Terceirize o que você não domina contratando os membros que você confia, peça feedback e conselhos nas RDNs. Afinal, a base do Nexus é a confiança!

Confira a opinião da Fernanda Rocha, atual presidente do Nexus Itaim:

Essa é uma pergunta interessante, pois fala bastante da minha história: Começar um negócio é sempre desafiador, trilhar um caminho de incertezas, batalhando para que esse jogo vire e o negócio comece a dar lucro.
No meu caso, o plano inicial era empreender com uma sócia: eu com a minha expertise em coaching e análise comportamental, e ela com a parte de marketing digital, e o plano era oferecer aos nossos clientes um serviço “completo” – preparar lideres e colaboradores para receber os clientes que o digital geraria. Tirar todo o planejamento do papel exigiu mais do que estávamos estruturadas para suportar, e por isso a sociedade não foi a adiante.

Diante desse cenário inesperado, ingressei no Nexus e pude contar com a parceria dos membros. Acabou que oferecer um serviço 360º, como era o meu plano inicial saiu ainda melhor do que minhas ideias. A variedade de cadeiras que trabalho em parceria dentro do meu grupo, me permite oferecer ao meu cliente um suporte ainda mais completo do que eu havia imaginado anteriormente.

Eu acredito que há tempo para todas as coisas, e neste momento, ter um sócio, não me parece uma estratégia viável (mais para frente pode vir a ser), hoje, conto com parceiros que agregam muito em meus atendimentos, consultorias e que me ajudam a crescer enquanto profissional e empresa.


O segredo de avançar e seguir em frente é começar a remar. E quando temos bons companheiros de viagem, até os mares mais tempestuosos se tornam aventuras dignas de serem vividas.

*Ricardo Ricchini é nexologista, especialista em soluções simples para temas complexos. Mestre em networking estratégico, ajuda empresas a conquistar relacionamentos de alto desempenho, mostrando como o domínio das emoções fecha muito mais negócios. SiteInstagramLinkedIn

4 thoughts on “Por qual oceano devemos navegar, o da parceria ou da autonomia?

  1. Renata Luz says:

    Excelente artigo.
    *O segredo de avançar e seguir em frente é começar a remar. E quando temos bons companheiros de viagem, até os mares mais tempestuosos se tornam aventuras dignas de serem vividas.*
    Ninguém faz sucesso solitário!

    • Ricardo says:

      É impossível fazer sucesso sozinho, né Renata? Os egoístas podem até não reconhecer, mas mesmo eles dependeram de uma rede grande para chegar a algum lugar!

  2. Elaine Muzy says:

    Perfeitas colocações! “Ir sozinho e mais rápido ou mais longe e acompanhado” é estilo de cada um, para mim a viagem só tem sentido se compartilhada, obrigada Ricchini pelas ricas colocações

    • Ricardo says:

      É isso mesmo, Elaine. E o pior é ir rápido, mas para o cominho errado! Com uma rede de compartilhamento, a chance de isso acontecer é bem menor, porque temos feedback!

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